Com o aumento do índice de vacinação e a desaceleração da curva de Covid no país, o Brasil avança contra a pandemia e a economia, claro, reage. Se o enfrentamento ao coronavírus é fundamental para a recuperação, o vigor da retomada, porém, parece ameaçado por uma combinação de fatores que deixam economistas e representantes do setor produtivo em alerta.
Inflação persistente, desemprego recorde, alta de juros, desarranjo fiscal, seca histórica, crise política e falta de mobilização em torno das reformas estruturantes são alguns dos desafios que podem prejudicar a recuperação pós-pandemia e precisam ser encarados com urgência. Qual deve ser, então, a receita para o Brasil continuar crescendo de maneira sustentada?
Um dos setores estratégicos para a retomada é certamente o mercado imobiliário. No ano passado, a construção civil foi o segmento que mais gerou empregos com carteira assinada no país. E agora, em 2021, o crescimento do PIB do setor no primeiro trimestre (2,1%) superou o do PIB Brasil (1,2%).
Pesquisa da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) comprova o otimismo: 94% dos empresários pretendem realizar ao menos um lançamento nos próximos 12 meses e 86% pretendem comprar terreno no mesmo período.